Estou com muita vontade de assistir o filme Amour, ganhador da Palma de Cannes neste último ano. Na vida a gente conhece muitas pessoas, constrói muitos relacionamentos com base nos mais diversos motivos (circunstância, afinidade, trabalho, interesse, etc.), mas são contados aqueles que nos permitem desenvolver uma verdadeira amizade e cumplicidade e manter isto vivo ao longo dos anos. No casamento, isso ainda é mais difícil, pois com diz o ditado : "A maior prova do amor é a convivência". Esse filme trata dessa cumplicidade no casamento no final da vida, com a interpretação premiada de dois grandes artistas, Jean-Louis Trintignat e Emanuelle Riva, de 81 e 85 anos respectivamente. Riva fez aquele belo filme "Hiroshima, Mon Amour", bem existencialista e denso, mas lindo. Trintignant dispensa comentários, basta ver algumas cenas com Brigitte Bardot em "And God Created Woman". Já pensaram chegar nessa idade e ainda trabalhar com essa qualidade? Na amizade quanto no amor, sempre se deve estar pronto para a decepção, mas sem nunca perder a expectativa. Difícil? Um bocado, mas não impossível enquanto se tem força para ir adiante.
Recentemente, o cinema francês além de satisfazer as platéias cult e eruditas de cinema (normalmente em cima de roteiros densos e bem introspectivos) tem produzido uma leva de filmes que tratam assuntos cotidianos e compreensíveis para os grandes públicos. Faço aqui uma pequena retrospectiva de alguns filmes que tenho gostado, que podem ser curtidos até com os filhos adolescentes, principalmente agora que começou a chuvinha em Brasília.
Amour
Les Untouchables, ótimo!
Entre os muros da escola
La Môme: Edith Piaf
O Escafandro e a Borboleta
Le Petit Nicolas (este me foi recomendado pelo meu filho de 11 anos)